Pinóquio, o perverso - 1996

Tang
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Pinóquio, o perverso (Pinocchio´s Revenge - 1996) é um filme trash de produção independente, que não fez lá muito sucesso em sua exibição original. Talvez por ser considerado um filme B, inferior aos demais, além de ser uma produção de baixo custo. Que reflete em seu elenco sem grandes nomes da indústria. Porem, o longa possui um roteiro bastante interessante e bem trabalhado, à primeira vista possa parecer só mais um filme de brinquedo assassino como tantos outros que existe mundo afora, neste caso, o brinquedo não é exatamente o ''assassino'' em questão. Na verdade, em nenhum momento isso fica muito claro, deixando a dúvida no ar se, de fato, trata-se de uma trama sobrenatural, ou se tudo não passa de um delírio, proveniente da imaginação de uma criança traumatizada e perturbada.


''Quando uma advogada fica de posse de uma prova estranha - um boneco de madeira, que fora a principal evidência de um crime bárbaro contra crianças - sua solitária filha o encontra e acha que o boneco é, na verdade, um brinquedo novo. Um presente de aniversário. E fica completamente apaixonada por ele; Porem, coisas estranhas passam a acontecer, e por coincidência (ou não), o boneco sempre está envolvido em situações macabras''.

Apesar de não ser uma fórmula exatamente inovadora, pois alguns filmes insinuantes envolvendo bonecos já haviam feito algo semelhante anteriormente ''Magic - 1978'', é sempre interessante observar como os roteiristas farão para esconder o segredo da narrativa, sem deixar escapar o verdadeiro balaio de gato causador de todos os acontecimentos. Temos duas possibilidades, se o boneco realmente for uma criatura maligna, então o filme pode ser categorizado como ''sobrenatural'', mas, se tudo realmente for apenas um delírio da garotinha, então nós temos aqui um bom ''terror psicológico''.

O interessante aqui é ficar na dúvida. Embora você tenha a opção de descer do muro e escolher um dos lados.

O filme nos mostra uma mãe solteira tentando oferecer o melhor para sua solitária filha, que muito sente a falta do pai (que a abandonou para cuidar de outra família), ao mesmo tempo, em que vemos seu cotidiano como advogada, advogando para tentar inocentar homens que claramente não são inocentes. É dessa forma que ''Pinóquio'' entra em sua vida, sendo a principal evidência de um crime em que pai matou seu pequeno filho (o motivo não sabemos) e o enterrou junto de seu boneco, pois, segundo ele, ''era seu boneco favorito''.

O ponto-chave do filme é a forma que ele vai brincar com o telespectador, insinuando algo sobrenatural, que pode ou não existir, através da interação de Pinóquio com a filha dessa advogada. Os dois conversam, confabulam e planejam machucar algumas pessoas que fazem mal a essa garotinha. Podendo ser ela a autora desses crimes ou não. Podendo ser ele o autor desses crimes ou não.

E, quando perguntado se ele realmente machucou aquelas pessoas, o boneco negará afirmativamente, porém seu nariz cresce rapidamente, insinuando que ele pode estar mentindo. O nariz cresce, pois, um carro passava na rua naquele momento com os faróis ligados, projetando a imagem do boneco pela janela e esticando sua sombra (e seu nariz) na parede, de forma fragmentada. 

Criatividade!  

Aqui você pode conferir essa perola, na íntegra e com legenda, não perca!

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