Para quem curte fantasia macabra, aqui nos temos uma lista de excelentes livros do autor Stephen king, que exploram todos os elementos que mais chamam atenção das pessoas que curtem coisas do gênero; Lobisomens, Carros Assassinos, Cão Raivoso e futuro utópico. Esses temas são explorados de maneira exímia pelo escritor e é um prato cheio para os amantes de terror trash e nostálgico.
Vamos analisar algumas dessas obras.
Christine (1983); Um feitiço sobre rodas
Consigo entender o porquê de Christine ser considerado um dos grandes clássicos do autor. O mistério que ronda esse carro assassino é muito interessante, vamos acompanhar passo a passo de como a Christine seduziu o jovem Arnie, que ficou completamente obcecado pelo carro, ele acredita que fez uma boa compra (mesmo pagando uma fortuna por ele) e agora terá de consertá-lo e para isso terá que desembolsar mais uma grande quantia em dinheiro. Dennis, o melhor amigo de Arnie, detesta Christine. Ele acredita que essa obsessão de Arnie não é normal, e fica preocupado quando vê que o amigo passa a confrontar todos que ousam, ''quebrar'' ou 'difamar'' Christine. Arnie está completamente obcecado (apaixonado) por Christine, e, acredito que o sentimento é recíproco.
Ela se apossou do corpo de Arnie e o tomou para si. Christine é extremamente obsessiva, ciumenta, tentará liquidar qualquer um que ousar acabar com essa relação doentia. A obsessão que o carro sente pelo jovem Arnie é justificada pelo fato de que sem o Arnie, Christine não teria ''vida''. Ela está se alimentando dele, da sua mente, de seu corpo, absorvendo sua energia e a transformando em substância vital. Christine é uma maldição, e a vida de Arnie nunca mais será a mesma.
Nota: 5.0
''Diga-me, Christine, você pode ler pensamentos?''
O desfecho não é muito surpreendente, esperava um final mais impactante, Christine é quase um calhamaço, é de se esperar um fim mais complexo, dado a ''grandiosidade'' do livro. O autor construiu a narrativa de uma forma que não dava muito para fugir daquilo que nos foi contado. Mas foi satisfatório, triste em alguns aspectos, não é um desfecho muito otimista.
A Hora do Lobisomem (1983); Um bom livro, em poucas palavras.
Leitura rápida e simples, finalizada numa sentada só
Foi interessante. No início tive a impressão de estar lendo um livro de histórias curtas - quase antológicas - sobre ataques de Lobisomem, isso porque em poucas palavras o autor apresenta uma pessoa aleatória que seria atacada pela criatura (sempre em noite de lua cheia), mas essas descrições não possuem muita conexão com a história anterior, exceto pela presença do lobisomem. O livro peca pela falta de descrições, e não há muito aprofundamento de personagens. É tudo muito rápido e o leitor não tem tempo de se importar com aquelas pessoas.
A leitura flui melhor quando somos apresentados ao protagonista dessa história: Marty, um herói improvável (pois, está numa cadeira de rodas) ele espera com ansiedade os festejos que serão realizados no "quatro de julho", mas ele fica decepcionado quando descobre que a data foi cancelada graças aos constantes ataques de Lobisomem que estão acontecendo na cidadezinha de TARKER´S MILLS.
Mas Marty é um menino corajoso, ele decide ignorar que há um lobisomem atacando na cidade e comemorar o quatro de julho a todo custo, nem que seja sozinho, nem que seja com apenas alguns fogos de artifício. Mesmo sabendo que o Lobisomem ainda está lá fora, na espreita, só esperando a hora certa, para fazer mais uma vítima.
Nota 3.0
''Uma criatura reside em Tarker´s Mills. A hora dela é agora, o lugar dela é aqui!''.
Cujo (1983); Cão Raivoso
Esse livro conta a história de Cujo, um enorme São Bernardo, que foi infectado pelo vírus da raiva após ser mordido por um morcego. Cujo fica raivoso e vai enlouquecendo lentamente, ele passa a atacar todos a sua volta.
O ponto alto da história é quando Donna e seu filho ficam presos no carro, enquanto Cujo fica do lado de fora, a espreita, esperando o momento certo para ataca-los.
Leitura tensa e angustiante.
CUJO estava há muito tempo na minha lista de leitura, mas por algum motivo eu acabava sempre escolhendo outros romances do autor - por achá-los mais interessantes - a consequência disso foi que este livro acabou ficando esquecido na estante, uma decisão equivocada, pois Cujo é considerado por muitos um grande clássico do King.
Após acabar a leitura de ''Novembro de 63'', finalmente tomei a decisão de ler CUJO. Iniciei essa leitura com muita expectativa.
Bom, estou sentindo um misto de sensações boas e ruins após ler este final. Acima de qualquer coisa, sinto pena do cachorro, ele não merecia passar por todo aquele martírio, mas, por outro lado, também sinto nojo, raiva e medo. Ele foi uma vítima do destino, ao decorrer dessa novela o coitado sofreu tanto quando a Donna e seu filho.
O destino final de Cujo me entristeceu demais, por mais que já estamos esperando por aquilo, as passagens descritivas de Stephen King sempre me pega de jeito, e dessa vez não foi diferente.
No início, eu não sentia a mínima empatia por Donna, ela foi chata e narcisista em muitos momentos, mas no decorrer da estória foi ficando mais interessante, fiquei comovido pelo sofrimento dela, e admirei por demais a valentia da personagem, que ao se ver entre a vida e morte, ela só conseguia pensar no bem-estar do filho Ted e em como se ver livre daquela situação. Nas últimas 100 páginas eu estava completamente aflito, desejando que tudo termine bem para ela e seu menino, mesmo sabendo que aquilo não poderia acabar bem, a situação era trágica demais para ter um final feliz.
E QUE FINAL, MEUS AMIGOS! QUE FINAL!
Nota: 5.0
Esse desfecho deixa qualquer um atordoado, pode ser talvez, um dos melhores já escritos por Stephen King.
O Concorrente (1982) - escrito sob o pseudônimo de Richard Bachman.
Stephen king escrevendo sob o pseudônimo de Richard Bachman é uma incógnita para mim, pois os romances não são tão descritivos e complexos quanto os principais romances do autor (aqueles que são assinados com seu nome), as situações costumam ter um desenrolar mais ágil e dinâmico, fazendo com que o leitor tenha uma rápida, mas nem tão marcante leitura, coisa que não acontece nos romances de King, por exemplo; King e Bachman são completamente diferentes.
Em "O Concorrente", no ano de 2025, nós vemos a difícil jornada de Richards e sua busca pela sobrevivência. Ele precisa de dinheiro para bancar o tratamento hospitalar de sua filha, que pegou uma terrível doença pulmonar, então aceitou participar de um peculiar reality Show (se podemos chamar assim...), Que será exibido em rede nacional.
O reality consiste numa perseguição de gato e rato, Richards terá todos os seus passos televisionados enquanto ele foge pelo país. A produção do programa promete recompensar qualquer pessoa que delatar a localização exata de Richards para as autoridades; e as autoridades têm a permissão de exterminar Richards assim que ele for capturado.
Essa dinâmica de jogo (jogos mortais?) O deixa completamente encurralado, de todos os lados.
Ao final do reality, se Richards sobreviver a tudo isso, ele receberá uma enorme quantia em dinheiro, podendo assim salvar a vida de sua filha.
Nota: 3.6
É uma narrativa interessante, uma distopia, que envolve o sofrimento alheio em detrimento do divertimento da população, semelhante a outro romance do autor "A Longa Marcha" (1979), acredito que essas duas histórias se passam no mesmo universo, pois a estrutura utópica é a mesma.
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