CRITICANDO - O Paradoxo Do Cogumelo

Fofão
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Esta resenha foi escrita pela leitora e comentarista: Matadora/Killer

Sempre que ouço a ideia de loop temporal, vem a minha mente 2 histórias que marcaram minhas ideias sobre o tema, a primeira delas, foi a icônica HQ, "Superman - Entre a Foice e o Martelo", onde o fim da história nos levava para o início, em um plost twist incrível. A segunda obra, foi a aclamada série chamada Boneca Russa, onde a personagem principal revivia o mesmo dia incansavelmente, e isso tornava sua experiência um completo inferno. Não é, e nunca será a primeira vez que uma história usa deste artífice para compor uma narrativa instigante, e ouso falar que até hoje não vi um autor se quer desperdiçar essa premissa com um enredo ruim, e não foram poucas as vezes que evidenciei uma história com o tema. Em O Paradoxo do Cogumelo não foi diferente, a história nos proporciona de um primeiro momento a ideia de que se trata de uma obra de ficção científica, o autor nos faz acreditar que o caminho aqui seria de uma possível colonização no planeta b e que teríamos alienígenas no mesmo estilo do filme Alien, mesmo ele referenciando uma citação suspeita, que joga na nossa cara, a ideia que ultilizaria durante toda a história, o que torna a composição narrativa, inteligente e fora das concepções do leitor, e o estigma surpresa que o próprio autor usou aqui, ao manter mistério em não revelar o gênero que ele usaria na contação da obra, foi muito benéfica.

A trajetória que o autor utilizou para contar a história de Kevin Flagg foi bastante interessante, a ideia do descobrimento de um lugar desconhecido e cheio de "vida" em contrapartida com o fato de não ter líquido potável para sua sobrevivência e as altas temperaturas tornam um enorme desafio físico para o protagonista, que se depara em uma situação de extrema necessidade, onde absolutamente nada no lugar poderia suprir sua condição corpórea, exaltando a ideia de que talvez o paraíso fosse na verdade um inferno, e permanecer vivo em um sistema novo, com regras novas, onde nem mesmo as leis do tempo eram conhecidas, seriam de fato desafiadoras. O planeta B não possuia nada que Flagg poderia consumir, as árvores não tinha frutos, a "fauna" ali era um completo conglomerado de cogumelos, e tudo de novo que ele descobria só se tornava mais um motivo para não ter nada a perder ao optar por ingerir os cogumelos, afinal, ele não teria muitas alternativas, logo, logo o seu corpo pediria por algo e ele sederia, mas Flagg estava agoniado com o fato das leis daquele planeta serem totalmente diferentes das já conhecidas, e comer o tal cogumelo seria de fato um escape para a morte, caso assim, aquele alimento se comprovasse venenoso como o mesmo previa, o que tornava toda a situação ainda mais agoniante, onde o personagem optaria pela morte, em vez da vida, nos dando a ideia do quão terrível era está neste planeta.

Todo este enredo que nos leva para o conflito mental e físico do personagem foi utilizado pelo autor de forma magistral, mesmo eu achando que poderiamos ter mais sobre a passagem do protagonista no planeta b, a falta de uma expansão me fez sentir que a ideia de uma história "crua", no sentido de básica até o ponto contextual, e isso significa que a narrativa mesmo explorando um tema "complexo" para os leitores leigos no assunto, faz um trabalho simples ao apresentar toda a história rápida, digo isso pois, senti que toda a composição era de fato pequena, e pode significar um acerto, sim, porque, a própria história nos prende de início ao fim, e a leitura se torna satisfatória até o final, não massante e isso é muito bom. Outro detalhe que me chamou muita atenção, foi o fato das repetições estarem pequenas, era um problema recorrente entre as obras do autor, e, um detalhe que fazia toda diferença, no resultado final, e aqui, ainda tendo repetições, não contribuiu de forma negativa para o resultado, mas o autor, realmente precisa lidar melhor com isso, e reafirmo, que não foi um problema, mas, melhorar é sempre eficaz na composição de qualquer história, e sinto a cada leitura, que o autor evolui de forma

excelente. Com relação a gramática, mesmo tendo lido tudo ontem, com a versão "bruta", senti que houve de fato melhorias, e o autor se mostra disposto a atualizar esse fato, com revisões, que nesta segunda leitura fizeram muita diferença.

No mais, O Paradoxo do Cogumelo de Lucas Tang, é uma apresentação simples e prática sobre o loop temporal, com uma história rica, que prende o leitor de início ao fim, tornando tudo muito satisfatório, mais um acerto vindo do autor, e acredito firmemente que é o seu maior, até aqui.

- Contribuições sobre a ideia: Creio fielmente que o loop na verdade é uma alusão clara da nossa rotina diária, pois todos os dias fazemos as mesmas coisas, e que de fato, é preciso quebrar esse ciclo vicioso.

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- Teremos parte 2? O final não deixa espaço para isso, mas seria interessante ver o personagem tentando quebrar essa barreira temporal, afinal, ele vai ter tempo para isso, e mais cedo ou mais tarde vai perceber que o "djavu" na verdade, é real.


O conto você pode ler clicando neste link: https://mundoparalelo0o.blogspot.com/2022/03/o-paradoxo-do-cogumelo-conto.html

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