Cinco melhores contos de SK

Tang
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Contar uma boa história em poucas palavras é um talento que poucos autores possuem, pois para criar uma boa atmosfera e desenvolvimento de personagens, demanda muito tempo, e por sua vez, uma quantidade relativamente grande de palavras ao texto bruto. Principalmente se for um autor prolixo, como é o caso de Stephen King.

Mas, ao longo de sua extensa carreira, ele provou que essa regra não se aplica a ele (não totalmente), pois, é chocante a quantidade exorbitante de contos que ele foi escrevendo através dos anos, mesmo sendo uma arte quase que perdida e não tão rentável financeiramente falando. Ele escreve porque gosta. E nós, os leitores, agradecemos.

Aqui vai uma pequena lista com os melhores contos do autor.

O Nevoeiro (Tripulação de Esqueletos, 1985); 

Uma enorme tempestade chega causando muita destruição numa cidadezinha do Maine, assustando David Drayton e sua família. Na manhã seguinte, os estragos eram muitos, e David precisa ir com seu filho até o supermercado atrás de alimentos e suprimentos. 

Mas, com a tempestade, chega um espesso nevoeiro, carregando consigo medonhas criaturas vindas de outra dimensão. Agora, presos no supermercado e ameaçados pelo infinito nevoeiro e suas bizarras criaturas, David tem a difícil tarefa de proteger seu pequeno filho, enquanto o fanatismo cresce entre as outras pessoas que estavam ali, alimentando a tensão dentro do supermercado.

Até que um deles vai exigir um sacrifício de sangue ao "todo-poderoso", argumentando que só assim eles seriam salvos.


Você só pode dizer o nome daquela sensação em francês (Tudo é eventual, 2002);

Inferno e loop temporal. São os temas principais desse excelente conto, que se tornou um dos meus favoritos da vida.

Ao acordar de um estranho pesadelo, cujo ela recorda com riqueza de detalhes, uma mulher fica aterrorizada ao perceber que, certas coisas da realidade estão acontecendo exatamente como em seu sonho, e outras não. Mas ainda assim, ela passa a ser invadida fortemente pelo ''deva ju'', aquela sensação que você só pode dizer o nome em francês.

Ainda incrédula, ainda que muito aterrorizada, ela passa a tentar lembrar-se do desfecho de seu sonho, pois uma coisa terrível havia acontecido a ela e seu marido. E que, poderia certamente acontecer agora, outra vez, na vida real.


O atalho da Sra. Todd (Tripulação de Esqueletos, 1985);

Homer é um homem de meia-idade que vai narrar uma história muito interessante sobre a Sra. Todd, sua antiga patroa viciada em pegar atalhos.

Os atalhos da Sra. Todd são inacreditáveis, uma vez que ela consegue percorrer de cidade para outra em pouquíssimos quilômetros, economizando vários minutos de viagem.

O que, pela lógica, seria impossível.

Quando ela o convida para pegar um desses atalhos, Homer descobrirá que a Sra. Todd, na verdade, estaria atravessando outras dimensões, uma fenda no tempo, que a permite percorrer por caminhos que nenhuma pessoa jamais pensou que pudessem existir.


A Excursão (Tripulação de Esqueletos, 1985); 

Num futuro distante, o teletransporte é uma realidade, essa tecnologia é conhecida como "a excursão", possibilitando que seres humanos façam viagens instantâneas entre um planeta e outro. Mas, quando a única regra dessa expedição é quebrada - Você só pode fazer a excursão quando está dormindo - coisas bizarras passam a acontecer com seus tripulantes.

Gostei muito desse conto, embora tenha achado enfadonha as inúmeras explicações que o autor deu ao explicar a origem do teletransporte, e o porquê de só podermos utilizar a excursão quando estamos dormindo. Mas o final salvou tudo, apesar de não ser surpreendente, é incrível!


O Ressalto (Sombras da Noite, 1978); 

Um magnata excêntrico descobre que sua esposa estava tendo um caso com seu professor de tênis, e resolve vingar-se dos dois. O amante de sua esposa terá a chance de viver, mas, para isso, ele terá que dar a volta no quadragésimo oitavo andar de um enorme prédio, através de seu ressalto. Enquanto isso, o milionário continuaria ameaçando a vida do pobre homem, pois o tempo todo ele estaria sob a mira de sua arma, para não haver desistências na metade do caminho.

Essa narrativa foi extremamente desconfortável. Não a indico para quem tem medo de altura ou sofre de claustrofobia. Quando o protagonista passou a andar sob o ressalto daquele prédio, eu pude sentir sua agonia, seu medo e sua ansiedade. Tudo ao mesmo tempo. Foi uma leitura intensa e até aterrorizante.


Ao final, teremos algumas surpresas, que deixará o leitor mais que satisfeito. 

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