Parte 01 – escrita por Fofão
3:00 da manhã
Boris Romanov está em seu laboratório, nos fundos de sua casa, enquanto prepara alguns relatórios para enviar seu currículo para a Instituição Científica Nramavik, na cidade de Frantskivya.
Super cansando e sonolento, ele termina aquele extenso papel, onde fala sobre si mesmo e todo seu potencial na área científica e diversas informações com seus projetos, sendo eles: como fazer uma bomba de gás letal capaz de matar uma cidade inteira; cura do câncer; transplante de cabeça; uma gosma que se alimenta da carne humana entre outras "bizarrices".
Boris levanta rapidamente, olha para seu relógio, 3:45 da manhã — coloca seu sapato, pega sua mala, sobe as escadas e vai em direção a garagem, está chovendo muito. Ele entra em seu carro, segue para a instituição Nramavik, ele estava sorrindo, sorrindo muito, e grita:
– Ah, serei finalmente reconhecido, e entrarei para a equipei de cientistas do instituto.
Chegando ao local, descendo do carro, eufórico e ofegante, ele pega sua mala e coloca debaixo do seu sobretudo, sai correndo em direção a porta da instituição, bate repetidamente.
– Tem alguém aí? Tem alguém aí? – ele pergunta, e continua batendo, até que a porta se abre:
Era o chefe da instituição que diz — o que desejas?
Boris logo fala: Olá, eu quero apresentar meus projetos, as novas criações e minhas ideias. Meu sonho é entrar para a equipe de cientistas da cidade e da instituição.
O chefe olha para Boris e parece não acreditar no que está vendo, aquele homem baixo, excêntrico, todo esquisito, com um sobretudo branco maltrapilha, cabelo sujo e bagunçado, bigode branco, aquela imagem não era nada agradável, parecia muito uma piada de mal gosto, uma caricatura ridícula de um verdadeiro cientista
Boris: Por favor, olhe meus relatórios e currículo — disse, quase com pesar, entregando-os ao chefe.
O chefe olha com atenção, lendo tudo, um pouco incrédulo com o que estava vendo. Enquanto isso, Boris estava ao lado de fora, se molhando todo, pois a chuva ficava cada vez mais forte, com diversos raios caindo por toda parte, mas, apesar de tudo, ele estava feliz por estar ali, naquele lugar.
O chefe começa a rir, Boris não compreendeu de imediato o que estava acontecendo.
O chefe fala: Você é louco! Nunca que nós, cientistas de uma academia renomada e conhecida no mundo inteiro iríamos aceitar um degenerado igual a você. Olha só suas ideias, são completamente insanas, isso é uma loucura! Você é completamente louco! Não pode ser verdade isso, ah merda!
Ele joga os papéis de Boris ao vento e logo são tomados pela chuva, o mandou sumir de sua frente imediatamente, fechando a porta com toda força.
Boris caminha até seu carro, cabisbaixo e humilhado, sentindo-se a pior pessoa do mundo e com um sentimento de rejeição imensurável. Ele chora, se ajoelha no chão, olha para o céu, enquanto suas lágrimas se misturam com os pingos da chuva que cai, ele promete vingança em voz alta.
— Eu vou me vingar! — ele grita, e em seguida um raio cai no horizonte, anunciando que o pior estava por vir, clareando todo o céu.
Noite do dia seguinte, 21:00 horas.
Boris está em seu laboratório, o ódio corre em suas veias, não pensa em outra coisa a não ser vingança. Ele vai até sua mesa de experimentos, derruba tudo que há em cima, abre uma folha enorme de papel e lá estava o protótipo da ил - 30 (lodo - 30).
O mais rápido possível, inicia a criação da arma que causará um estrago irreparável na cidade de Frantskivya. Misturando diversos ingredientes químicos, diversos gases inflamáveis, ácidos, e por fim, o último dos ingredientes, o elemento X, aquele que dará vida à sua arma biológica.
Boris: Isso, só mais um pingo e estará tudo pronto.
De repente: BOOM, uma explosão, tudo fica verde, Boris é jogado pra trás com toda força, o impacto é tão grande que ele desmaia.
Aconteceu, ela nasceu, ela estava lá pulando e, de uma forma grotesca, mexendo-se. A gosma tinha vida própria, ela é verde, muito luminosa e cheia de vida.
Boris acorda e percebe que o local está repleto de fumaça, o ambiente cheira a borracha queimada. Ele olha para frente e não acredita no que está vendo, sua criação está finalmente viva!
Seus olhos brilham, a cor verde invade seus olhos de canto a canto.
Levantando-se rápido, loucamente ele começa a rir, com um sorriso amarelo de embrulhar o estômago. Raios caem por toda parte, na vizinhança e seu riso ecoa nos lares daquela rua inteira.
22:08 da noite, ainda no mesmo dia
Boris dirige em direção à Instituição Científica Nramavik, ao lado no banco direito está a gosma, em um recipiente especial, em um acesso de loucura e insanidade, planeja soltá-la no tubo de ventilação da instituição.
— Eles pagarão caro, com suas próprias vidas, fala alto e em bom som.
Ao chegar no local, desce do carro com a gosma debaixo do seu sobretudo, tomando todo cuidado possível para não manter contato com ela. Boris olha para um lado, e depois olha para o outro, não vê ninguém, só os vários carros estacionados no estabelecimento, pois nesse dia está ocorrendo uma palestra muito importante, com mais de 100 cientistas de todo o mundo. Ele corre em direção aos tubos de ventilação e por fim solta a sua criação, a gosma assassina, agora ela percorre pelos tubos e está faminta e muito veloz.
Naquele momento, o chefe está discursando, falando sobre as novas pesquisas que a ICN tem e que irá revolucionar o mundo, ele anuncia que seu centro de pesquisa está realizando testes para a cura do Câncer.
A gosma rasteja lentamente pelos tubos, até que chega ao seu destino final, o banheiro. Ela passa pela grade de proteção, derretendo-se e caindo dentro do vaso, e ali mesmo fica, a espera da sua primeira vítima.
O chefe apresenta em slides uma planilha com todas as informações e pesquisas, sobre como células cancerígenas pararam de se reproduzir rapidamente depois de usarem um elemento chamado X que não se pode revelar até o momento, os testes foram feitos em ratos camundongos e a eficácia foi de 98%.
— Isso é revolucionário! A ciência está avançando muito e brevemente teremos a cura do Câncer.
Boris, que estava escondido, do lado de fora, ouve tudo e não acredita no que escutou, pois era a sua pesquisa que estava sendo anunciada. Foi roubada! da forma mais canalha e covarde possível.
Todos os cientistas levantam-se e batem palmas. O chefe recebe os cumprimentos de todos, e quando acabaram as muitas felicitações, ele logo segue em direção ao banheiro, pois passou mais de 3 horas dando palestras e precisava aliviar o que há muito estava segurando.
Boris, desesperado e furioso, invade a instituição, entrou gritando no local, batendo as mãos contra o ar para demonstrar toda sua indignação — Essa pesquisa é minha! Esse centro de pesquisa é uma farsa! Canalhas, todo vocês são uns canalhas!
Todos olham para ele, e não entendem o que está acontecendo.
No banheiro, o chefe tira a roupa de baixo e sentou-se no vaso, pegou um jornal para ler que estava ao seu lado em uma banquinha, para distrair um pouco a mente. A gosma sobe com toda rapidez e força entrando em seu ânus, e de súbito, ele sentiu uma queimadura muito intensa em suas partes íntimas, ele se levanta mas já é tarde demais, seus órgãos estavam sendo derretidos pela gosma. O vaso se encheu de sangue, a cada passo, uma poça de sangue, a gosma o consome de dentro para fora, ele grita, esperneia e cai no chão. Seu tronco é separado de suas pernas, em questão de segundos, rastejando-se pelo chão do banheiro com suas tripas para fora a gosma termina de o consumir, ele foi completamente derretido, agora ela está mais forte, poderosa e muito maior.
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